O analfabeto mais conhecido é aquele que não tem domínio dos códigos e signos que permitem ler e escrever em um dado idioma.
Há também o analfabeto funcional. Este sabe ler e escrever porém possui grande dificuldade ou até mesmo incapacidade para compreender, para fazer um julgamento e extrair algum juízo de valor daquilo que leu.
Fala-se também do analfabeto político. E há um texto bem conhecido que há tempos circula na internet que é um verdadeiro tratado sobre esta categoria de analfabeto. Basta perguntar àquele que tudo sabe, o Google, e rapidamente se encontra uma cópia deste texto.
E eis que percebo, há um bom tempo, que surgiu e tem crescido em números uma nova categoria de analfabeto: o analfabeto econômico.
Este analfabeto tem pouco ou quase nada de conhecimento a respeito da ciência econômica. Para ele, economista é como uma espécie de adivinho, de vidente que passa o tempo todo a fazer previsões. Para o analfabeto econômico, economistas e estudiosos da área não sabem de nada, aliás, só sabem plantar o medo e o terror em corações e mentes. Além, é claro, que para o analfabeto econômico, os economistas sempre estão de conluio com grandes forças do mal, que só desejam dominar os mais fracos.
O analfabeto econômico, como todo analfabeto, é limitado em sua compreensão. Pois precisa possuir um pensamento mais sofisticado para poder alcançar determinadas colocações e compreender certos cenários e condições.
Entre os analfabetos econômicos existe uma grupo que chama a atenção por sua arrogância. Mesmo sendo pouco conhecedores das teorias e fundamentos da economia, os que pertencem a este grupo de analfabetos econômicos se sentem como grandes conhecedores e desdenham dos especialistas, dizendo que estes não sabem de nada. Geralmente estes analfabetos econômicos se pautam por textos e comentários escritos por outros analfabetos econômicos que possuem uma certa popularidade por dizerem aquilo que os demais analfabetos econômicos desejam ouvir.
O analfabeto econômico, assim como qualquer analfabeto, precisa ser combatido, precisa ser tirado dessa sua condição de analfabeto, seja para o seu próprio bem, seja para o bem de uma coletividade.
A melhor maneira de combater o analfabetismo econômico ainda é através da informação. Mas nos tempos em que vivemos, nos quais abundam fontes não confiáveis de informação, fica cada vez mais difícil inibir o surgimento e também o aumento do número de analfabetos econômicos.